segunda-feira, 27 de setembro de 2010

GALs e jovens discutem violências em dia repleto de atividades



Diversas atividades direcionadas aos Grupos Articuladores Locais sobre o verbo “Crescer sem Violência” aconteceram no dia 23 de setembro, na Universidade Veiga de Almeida.

Violência contra a mulher, contra a criança, violência psicológica e outros tipos de violência foram discutidos na primeira etapa da capacitação. Os profissionais do Instituto Noos (Instituto de Pesquisas Sistêmicas e Desenvolvimento de Redes Sociais) foram os mediadores da roda de conversa. Primeiramente, uma palestra e um vídeo ilustrativo foram apresentados para oferecer recursos para a discussão. Depois os mediadores abriram espaço para o debate.

As lideranças comunitárias apresentaram exemplos concretos e discutiram, além da
violência, as novas leis, o papel social dos indivíduos e, principalmente, educação.

A coordenadora de Grupos Reflexivos para Mulheres que Sofreram Violência do Instituto
Noos, Irene Loewenstein, disse que o objetivo é que as pessoas discutam mais o tema
violência e que a rede de combate se torne maior. “Temos que capilarizar o tema, disponibilizá-lo no sentido de torná-lo uma política pública e criar um diálogo maior com as pessoas. Essas pessoas tem que tomar o trabalho para si. A meta é que o projeto se expanda, que saia do micro e se torne macro”, disse.

A segunda atividade foi uma roda de conversa mediada pelos jovens da Fundação Xuxa Meneghel sobre a campanha “Não Bata, Eduque”, que entrou em debate por causa do projeto de Lei enviado ao Congresso em julho, que proíbe que os pais punam os filhos com castigos físicos – a chamada “Lei da Palmada”.

Os jovens da Fundação questionaram os adultos sobre violência contra crianças e adolescentes em casa e na escola e o papel dos pais e professores na educação. Os presentes apresentaram seus pontos de vista e debateram opiniões.

Márcia Oliveira, coordenadora da Campanha “Não Bata, Eduque”, disse que, além de
promover a participação infanto-juvenil, o projeto objetiva uma mudança de comportamento da sociedade, fazendo-a perceber que nenhum tipo de violência é válida. “Sabemos que mudar a cultura é um processo de longo prazo, mas a gente quer que isso aconteça. Por isso colocamos os jovens para discutirem isso”, afirmou.

Fechando a discussão sobre violências, houve um último debate, onde os GALs também participaram, sobre o livro “Sistematização de Experiências”, uma publicação do Observatório de Favelas em Parceria com o CEDAPS. Segundo Kátia Edmundo, diretora do CEDAPS, este material “gera recomendações para as políticas públicas e para a propagação da prevenção da violência, além da organização da sociedade civil”, concluiu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário